PELES
Carolina Herrera
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Dsquared2
Fendi
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Giambattista Valli
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PELES
Uma moda em alta
Por mais que exista quem barafuste porque cada vez há mais
consumidores de peles de abafo, não há volta a dar, até os homens começam a
usar casacos compridos nas mais diversas peles. Não existe nada natural que
aqueça o corpo como uma boa pele de raposa, vison, castor entre as chinchilas e
outras com pêlos altos.
Já muitos dos que outrora se bateram pela morte das focas,
atacando os esquimós e conduzindo aquela pobre gente a viver sem o óleo, a
carne e as peles, estão arrependidos. O “Greanpeace” não foram só os alaridos
das vitórias. Romperam a cadeia criada numa área do globo, absolutamente
inóspita, acabando com uma civilização. Pior do que isso, os esquimós a quem
alguns sádicos sugeriam que se cobrissem de peles sintéticas, tiveram de
recorrer aos medicamentos receitados por psiquiatras para sobreviverem. Para
salvar as focas destruíram o sistema de séculos e séculos. Hoje, todos lamentam
que as focas comam os bacalhaus, esse peixe que os portugueses conhecem como
fiel amigo.
O fiel amigo tem dificuldades em chegar aos pratos dos
portugueses e o que aparece no mercado, até provavelmente, já é de aquacultura.
Não tem o mesmo sabor, desfaz-se e aquele bacalhau de lascas só se encontra em
duas ou três casas na Rua do Arsenal, em Lisboa, e numa outra que fica perto da
igreja de S. Domingos, na mesma cidade, afinal aquela em que habitamos.
Desconhecemos o que se passa em Aveiro ou no Porto.
Pois bem, com este lindo exemplo que teve início por volta
de 1975, os “militantes” passaram-se para outro lado e os mesmos trabalham agora,
a partir da Noruega, naquilo a que chamam “caça sustentável às focas”, porque
admitem, há muitas. Há mas é demasiadas loucuras difíceis de remediar e esta
parece-nos uma delas. Há muitas focas, lá isso é verdade, mas também existem
muitas famílias destroçadas.
Obviamente que, pela nossa civilidade, estamos contra o uso
de peles de animais que habitam o mundo selvagem, tais como o leopardo ou como outros
que vivem no mar e não devem ser abatidos, cujo exemplo é o urso branco.
Animais em vias de extinção devem ser proibidíssimos. Estamos sempre do lado
dos que lutam para salvar o lince ibérico e quando temos notícia de que algum
morreu atropelado, sentimos a falta que esse animal fica a fazer para repovoar
zonas onde ele já não existe.
Somos a favor do uso de peles de animais desde que criadas
em cativeiro. Com isso, não se rompe a enorme cadeia que vai da criação a todas
as fases que exigem mão-de-obra qualificada, até chegarem às lojas onde podem
ser adquiridas com o valor acrescentado da modernidade.
Não nos venham, por favor, com as lamúrias esfarrapadas que
existem outras matérias-primas para fazer casacos. Há, sim! A lã, em primeiro
lugar, mas não evoquem, hipocritamente, que matam animais para usar como
vestuário. Já conhecemos de sobra todas as desculpas, mas o pior é quando
colocamos os dedos nas feridas e começamos a citar o calçado e muitos
acessórios como malas e cintos sobre os quais ninguém protesta. Ora, esses
calfes, essas pelicas e camurças não são de origem animal? Quem vocifera contra
o uso das peles não come peixes, nem bifes e frangos? São todos vegetarianos?
Aqui, defendemos o uso das peles e com isso estamos a
defender a humanidade que necessita que não lhes cortem postos de trabalho.
Esta indústria que passa da criação aos curtumes e tintureiros até chegar à
venda por grosso para depois ser trabalhada dá pão a muita gente.
Vivam as peles! Viva o conforto! Viva a elegância!
MG
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