Alexandre_Vauthier
Chanel
Dior
Elie Saab
Georges Hobeika
Giambattista Valli
Margiela
Vetements
Yuima Nakazato
Zuhair Murad
CALÇADO
Quando a loucura desde da cabeça aos pés
Há muitos
anos que recomendo, através dos meios de comunicação para os quais tenho
escrito, alguns cuidados que devem presidir à escolha do calçado.
Obviamente,
que uma coisa é a moda que nos propõem e outra é o bom senso de quem compra um
par de sapatos, botins ou botas.
Um grande
“par de botas” é a escolha que nos pode levar a uma queda, do alto nariz mais
empinado, que resulte numa fractura óssea e a longo prazo diversos problemas
para a coluna vertebral. Mesmo sem o perigo que pode resultar de uma má compra,
há outros riscos que não podemos evitar, tais como as ruas esburacadas, as
calçadas muito polidas como é o caso da Rua Garrett, em Lisboa, e outras ratoeiras
que se nos deparam com frequência.
O que está
na nossa decisão é uma boa escolha do calçado que se vai usar.
Nesta
temporada Outono/Inverno 2016/17 todo o cuidado é pouco. As propostas são
muitas, mas as boas escolhas são poucas.
A Dior
esqueceu-se que está sediada em França, na Europa, e decidiu apresentar modelos
tipo havaianas, que provavelmente só venderão alguns pares para as clientes que
habitam em países tropicais.
Nas
passarelas da Alta-Costura francesa e italiana, desfilaram marcas até agora pouco
conhecidas como a Margiela, a Patuna, não do nosso agrado, mas o calçado do
japonês Yuima Nakazato, com os saltos assentes numa armação pronta a desafiar
os equilibristas dos circos, deixou-me com receio de que as raparigas mais
ousadas se atrevam a adquiri-los.
Outros
costureiros, nossos conhecidos como Elie Saab, Giambattista Valli e Zuhair
Murad ousaram, mas sem meter as suas seguidoras em altos riscos.
Assim vai a
moda do calçado.
Bem
descreveu, Luís de Camões, a formosa Leonor que ainda hoje a todos encanta:
“Descalça vai para a fonte, Leonor, pela verdura, vai formosa e não segura”.
Será que a
segurança que lhe faltava era um par de sapatos cómodos?
MG
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