sexta-feira, 23 de junho de 2017

INVASÃO CHINESA


Georges Hobeika

Schiaparelli

Adriana Degreas

Cusco

Cusco

Cusco



INVASÃO CHINESA I MUNDO GLOBAL


Por este caminhar de chineses aqui, ali, acolá, ainda ficamos todos com os olhos em bico…
No Carnaval, mais ou menos até aos meus dezassete anos, fui a alguns bailes numa sociedade, em Olhão, que se chamava GRÉMIO. As festas eram feitas a rigor com noites temáticas e como eram só as raparigas que se disfarçavam, havia sempre lugar a uma noite chinesa. Pois então! E quem escreve estas memórias vestiu-se com um quimono de seda bordada cujos motivos eram dragões enfrentados e no ano seguinte outro em seda  flores de cerejeira.
Pois agora, não é necessário esperarmos pelo Carnaval. Aliás, em muitos casos em termos de vestuário, a moda está tão pouco exigente que deixa espaço para pensarmos que essa data festiva que antecede a Quaresma tem lugar perene no calendário Juliano. Quem diria!
Para provar a nossa observação, aqui deixamos dois modelos de Alta-Costura, um do libanês de Georges Hobeika e outro com a etiqueta “Schiaparelli”, o apelido de Elsa, a italiana que em vida  rivalizou com supremacia sobre Coco Chanel.
Os outros, por exemplo, os modelos de CUSTO são de origem espanhola mas apresentados em Nova Iorque, tal como o faz a brasileira Adriana Degreas.
O Mundo Global? Talvez!

domingo, 18 de junho de 2017


VERDE MILITAR


Coach


Coach

Brandon Maxwel


VERDE MILITAR - MODA CONSTANTE


O verde militar, conhecido há várias décadas por ser uma das cores que participam nos camuflados que as nossas tropas usaram durante a Guerra do Ultramar, não é tom que se recomende. Mas, a obrigação de informar, não me permite o gozo que me dava riscá-lo definitivamente de qualquer roupa de vestuário.
Acontece que, por dever de consciência, sinto-me obrigada a respeitar o gosto de toda a gente, mas não posso evitar esta minha advertência para não me trair a mim própria.
Pois é, caras leitoras, este verde que nem é azeitona de Elvas, nem cor de burro quando foge, insiste em sobreviver, através das jovens que lhes dão guarida nos seus guarda-roupas.
Que não vos falte nada!
Aqui ficam quatro modelos como uma sugestão para quatro ocasiões diversas.
Pela minha parte, faço por esquecer os tempos das guerras, sobretudo na Guiné. Foram demasiado maus.

sexta-feira, 16 de junho de 2017


Altuzarra

 Altuzarra

Akris



PELES CURTIDAS NO VERÃO?


Sim, caras amigas. Peles curtidas no verão para sair à rua, à discoteca, a jantares com amigos…
“So chic” dirão as amantes da língua inglesa. Pela minha parte, prefiro a língua de Camões, o português que se fala em todas as terras por onde os homens dos séc. XV, XVI, XVII, XVIII, XIX e XX, com bravura, passaram deixando rastos da nossa civilização e no rectângulo que vai de Norte a Sul de um país que se chama Portugal, assim como dos Açores e da Madeira.
O gosto que eu tenho quando leio que em Timor o português é uma das duas línguas oficiais!

Nos Anos 60 percorri uma grande parte de Moçambique e dos países vizinhos e percebi a diferença, por exemplo, entre Portugal e a África do Sul. Senti o que era o racismo e detestei. Mudou? Acho que virou insistindo no mesmo erro.

 Ainda nos Anos 60 estive na Guiné a acompanhar o meu marido que desempenhava o cargo de Director dos Serviços de Saúde, daquela então colónia portuguesa, e senti que mesmo no meio da confusão, éramos respeitados como gente que também ajudava os seus nativos.

Mas, deixemos de lado o “so chic”, expressão que detesto, porque não gosto de inglesices. Estamos em Portugal!

Não sei se esta moda dos vestidos em pele nos pretende remeter para os tempos em que os nossos antepassados, depois de Eva e Adão terem coberto os seus pudores com uma folha de parreira, e de se terem decidido, primeiro pelo uso de peles ainda por curtir e, mais tarde, pelas peles já curtidas, 

queiram agora na sofisticação dos nossos tempos homenagear a evolução da Humanidade com o uso de peles em qualquer estação do ano.

 Eu, não vou por aí. Peles sem pelo ou com ele só no Outono e no Inverno. Mas, o meu gosto não é para ser imposto a ninguém. A minha obrigação é, enquanto jornalista, informar quem gosta de me ler.

A escolha é das leitoras.






terça-feira, 6 de junho de 2017

CROCHET

Anna Kosturova

Anna Kosturova

Anna Kosturova


CROCHET NA MODA DO VESTUÁRIO


As nossas leitoras que imaginam que o crochet foi reabilitado pela Joana Vasconcelos para os incluir nos seus trabalhos de Artes Decorativas, tais como candeeiros ou em volumosas esculturas, podem desiludir-se porque estão equivocadas.
As rosetas de crochet que um determinado tipo de pessoas da chamada classe baixa usa para tapar o sofá da sua salinha de entrada, também estar a ser recuperado por outras gentes…
Na actual temporada de 2017, o crochet invadiu a moda do vestuário de praia e de vestir para o trabalho ou para as festas. Democratizou-se e ponto final.
Longe vão os tempos em que as raparigas dos campos, na folga da sesta, refrescavam as mãos na ribeira para pegarem no crochet, realizando motivos curiosos em rosetas, quadrados, arquinhos, estrelas, usando linha grossa, tal como vão distantes os dias em que as meninas prendadas das cidades, sentadas nas saletas de costura ou nos bancos de pedra junto às janelas, se entretinham a fazer o crochet que iria enriquecer o seu enxoval. E faziam jogos de naperons, que hoje ninguém quer em casa, entremeios para lençóis, toalhas de chá e de jantar com linhas finas nº. 70, da marca Âncora.
Basta ver os modelos que apresentamos para perceber, de imediato, que tudo mudou.
Escrevemos sob o impulso dado agora pela eslavaAnna Koskurova, a coqueluche das vedetas do cinema para as suas roupas de praia e que desfila em Miami. Inspirem-se!