terça-feira, 25 de outubro de 2016

PELES

Blumarine

Carolina Herrera

Carolina Herrera

Dsquared2

Dsquared2

Fendi

Fendi

Fendi

Fendi

Francesco Scognamiglio

Giambattista Valli

Giambattista Valli

Marc Jacobs

Uma moda em alta


Por mais que exista quem barafuste porque cada vez há mais consumidores de peles de abafo, não há volta a dar, até os homens começam a usar casacos compridos nas mais diversas peles. Não existe nada natural que aqueça o corpo como uma boa pele de raposa, vison, castor entre as chinchilas e outras com pêlos altos.
Já muitos dos que outrora se bateram pela morte das focas, atacando os esquimós e conduzindo aquela pobre gente a viver sem o óleo, a carne e as peles, estão arrependidos. O “Greanpeace” não foram só os alaridos das vitórias. Romperam a cadeia criada numa área do globo, absolutamente inóspita, acabando com uma civilização. Pior do que isso, os esquimós a quem alguns sádicos sugeriam que se cobrissem de peles sintéticas, tiveram de recorrer aos medicamentos receitados por psiquiatras para sobreviverem. Para salvar as focas destruíram o sistema de séculos e séculos. Hoje, todos lamentam que as focas comam os bacalhaus, esse peixe que os portugueses conhecem como fiel amigo.
O fiel amigo tem dificuldades em chegar aos pratos dos portugueses e o que aparece no mercado, até provavelmente, já é de aquacultura. Não tem o mesmo sabor, desfaz-se e aquele bacalhau de lascas só se encontra em duas ou três casas na Rua do Arsenal, em Lisboa, e numa outra que fica perto da igreja de S. Domingos, na mesma cidade, afinal aquela em que habitamos. Desconhecemos o que se passa em Aveiro ou no Porto.
Pois bem, com este lindo exemplo que teve início por volta de 1975, os “militantes” passaram-se para outro lado e os mesmos trabalham agora, a partir da Noruega, naquilo a que chamam “caça sustentável às focas”, porque admitem, há muitas. Há mas é demasiadas loucuras difíceis de remediar e esta parece-nos uma delas. Há muitas focas, lá isso é verdade, mas também existem muitas famílias destroçadas.
Obviamente que, pela nossa civilidade, estamos contra o uso de peles de animais que habitam o mundo selvagem, tais como o leopardo ou como outros que vivem no mar e não devem ser abatidos, cujo exemplo é o urso branco. Animais em vias de extinção devem ser proibidíssimos. Estamos sempre do lado dos que lutam para salvar o lince ibérico e quando temos notícia de que algum morreu atropelado, sentimos a falta que esse animal fica a fazer para repovoar zonas onde ele já não existe.
Somos a favor do uso de peles de animais desde que criadas em cativeiro. Com isso, não se rompe a enorme cadeia que vai da criação a todas as fases que exigem mão-de-obra qualificada, até chegarem às lojas onde podem ser adquiridas com o valor acrescentado da modernidade.
Não nos venham, por favor, com as lamúrias esfarrapadas que existem outras matérias-primas para fazer casacos. Há, sim! A lã, em primeiro lugar, mas não evoquem, hipocritamente, que matam animais para usar como vestuário. Já conhecemos de sobra todas as desculpas, mas o pior é quando colocamos os dedos nas feridas e começamos a citar o calçado e muitos acessórios como malas e cintos sobre os quais ninguém protesta. Ora, esses calfes, essas pelicas e camurças não são de origem animal? Quem vocifera contra o uso das peles não come peixes, nem bifes e frangos? São todos vegetarianos?
Aqui, defendemos o uso das peles e com isso estamos a defender a humanidade que necessita que não lhes cortem postos de trabalho. Esta indústria que passa da criação aos curtumes e tintureiros até chegar à venda por grosso para depois ser trabalhada dá pão a muita gente.
Vivam as peles! Viva o conforto! Viva a elegância!
MG



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