BREXIT,
BREXIT, BREXIT
Desde os
últimos dias de Junho que só ouvia os senhores bem-falantes das televisões e
das rádios, a falarem sobre o resultado eleitoral do Brexit.
As minorias
políticas portuguesas apoiavam. As maiorias ficaram como se tivessem visto um
filme de terror.
Pouco dada a
política, despertei para entender o que significaria essa palavra, que afinal
se resume na abreviação de “British exit” (literalmente a saída da Grã-Bretanha)
que facilmente se traduz em “saída inglesa”.
No meio da confusão
que se instalou após as eleições do “Brexit”, o que pensará Sua Majestade a
Rainha Isabel II de Inglaterra?
O povo que
se tem manifestado contra, terá direito a voto?
As uniões da
Grã-Bretanha com alguns estados da Europa nunca foram fáceis.
Quando, em
Março de 1957, o tratado de Roma instituiu a Comunidade Económica Europeia,
apenas os seis estados fundamentais o assinaram e o Reino Unido não participou.
Mais tarde o Mercado Comum que possibilitou a prosperidade aos países
signatários, tentou outra vez a adesão da Grã-Bretanha, que se encontrava então
em plena recessão económica. Mas, nada os demoveu dos seus princípios.
A Rainha
Isabel II de Inglaterra fez as honras no Buckingham Palace ao Presidente da
República Francesa, Sr. Charles de Gaulle e sua mulher, mas não passou daí.
A 1 de
Janeiro de 1973, Edward Heath, Primeiro-Ministro de Isabel II, obtém finalmente
a adesão do Reino-Unido que acaba de formar, com a Dinamarca e a Irlanda, a
Europa dos nove.
Os problemas
começaram quando Wilson, o novo Primeiro-Ministro trabalhista, reclamava um
referêndum para a saída da União. E o referêndum teve lugar em 1975 com 67% dos
votos a favor dados pelos conservadores. Com Margaret Thatcher como
Primeira-Ministra, a oposição ao super “Estado Europeu” fez tremer Jacques
Delors quando a Dama de ferro pronunciou a sua célebre fórmula: “I want my
Money back”.
Por aqui se
vê, a razão pela qual a Grã-Bretanha permaneceu com a sua libra e rejeitou o
euro. Teve razão!
A mim que
sou uma cidadã comum, se me tivessem permitido votar a favor ou contra a entrada
da União Europeia, dada a minha experiência em contactar com muitos portugueses
de vários estratos sociais, teria votado: NÃO. Mas, agora é tarde. Depois de
converterem os meus escudos com a paridade de um euro a 200$00, (um roubo, o
primeiro da série) quando com esses escudos comprava tantos bens de primeira
necessidade, não volto atrás. Podem fazer os referendos que quiserem que eu
respondo com a velha frase popular: “quem me comeu as polpas, que me roa os
ossos”. Mas, não me tirem mais nada! Estabeleçam igualdades, no poder de
compra. Todos temos os mesmos direitos, às mesmas igualdades, já que temos os
mesmos deveres. Ainda gostaria de saber quem foi o cérebro iluminado que achou
que um euro valia 200$00.
Marionela
Gusmão
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