Marionelíssíma

Francesco Scognamiglio

Francesco Scognamiglio

Francesco Scognamiglio

Francesco Scognamiglio

Emilio Pucci

Tommy Hilfiger

Schiaparelli

CASACOS DE FESTA

 Tenho tomado conhecimento que são as “fashionistas” e a camada mais jovem da população, quem mais me lê neste Blog.

Sempre que alguém se me dirige na rua, num supermercado ou outro lugar qualquer, a sua faixa etária ronda a juventude amante de Blogs e quando vou a alguma apresentação de cosmética, também as raparigas que se me dirigem aparentam ter pouco mais de 20 anos.

Gostam todas muito do que escrevo no site www.modaemoda.pt e fazem-me muitas perguntas, algumas delas mostrando grande admiração pela excelência do material que publico concebido por personalidades que desconhecem.

Acho piada! Algumas, podiam ser já minhas netas.

Decidi hoje escrever para a Madalena, de olhos azuis como um céu sem nuvens, e contar-lhe que quando eu ainda nem tinha 20 anos sentia uma enorme atracção por vestuário festivo.

Ora, no traje de festa, não existe nada de mais sumptuoso do que os casacos que as senhoras usavam quando com a vossa idade ia a S. Carlos ou a uma grande festa como, por exemplo, um jantar no Palácio Nacional da Ajuda oferecida a reis ou rainhas.

Por Lisboa, os tempos mudaram, as políticas também, e até houve um período em que nas óperas se fazia gala em usar vestuário indicado para ir fazer compras aos mercados, esses que cada vez mais vão desaparecendo para dar lugar aos Supermercados que engordam uns poucos e deixaram sem pão muitas famílias que não sendo prósperas tinham melhor vida do aquela de que usufruem actualmente.

Ora bem, como eu não vou conseguir endireitar o mundo, divirto-me a observar os modelos deslumbrantes que se vão criando e que vejo em Paris e Roma ou Milão e Nova Iorque.

Podem ver os bonitos casacos que estão no site, clicando no link MODA, mas divirtam-se com esta pequena selecção feita propositadamente para a Madalena e outras jovens que me têm abordado com estima.

Então, começo por lhes apresentar um casaco que sai um pouco do espírito dos outros, porque não é bem um casaco isolado, nem até aos pés e faz parte de um conjunto com calças. A marca é Elsa Schiapparelli, uma senhora que se divertiu à grande e à francesa com Salvador Dali e outros amigos não menos criativos. Esta senhora, descendente de nobres italianos, foi para mim a maior criadora de moda. Os motivos que usou nas suas criações tinham uma forte ligação a Jean Cocteau e a artistas muito célebres.

Pretendia a Mademoiselle Chanel, chegar à sua altura, mas enquanto uma nasceu com o seu talento, a outra necessitou de muitas actividades nada meritórias para se fazer notada. Teve a sorte de existir um fabuloso Karl Lagerfeld que melhorou o seu estilo e o foi sempre modernizando.

A outra casa que apresentamos é a de Emilio Pucci, uma figura italiana de muito prestígio, mas que também já mudou de direcção.

Sobejam dois, o Tommy Hilfigher que apresentou um casaco rosa que dá para ir a uma festa e que depois de visto vai ficar para sempre no guarda-vestidos; o Francesco Scognamiglio, um mestre que arrasou na última temporada da Alta-Costura francesa apresentada em Paris, para este Outono/Inverno 2016/2017 que estamos a viver.

Este sim! Francesco Scognamiglio, natural de Nápoles, deslumbrou-nos.

Para quem não sabe, aqui fica a informação: ninguém desfila sob a batuta da Alta-Costura sem ser costureiro. Ali, não se brinca. E, este mestre que desfilava em Roma, foi convidado pela Chambre Syndicale de la Haute Couture para apresentar a sua colecção como membro convidado. É obra!

Natural de Nápoles, Scognamiglio não era um desconhecido em Paris. Trabalhou em muitas casas de Alta-Costura como director artístico… na sombra.

Bravo, “caro amico”. Finalmente, fizeram-lhe justiça.

É, pois, com gosto que vos deixo esta dica. Adoro a Schiapparelli e todo o seu gosto pelo circo, pelas influências de Dali, pelo seu natural talento. Por curiosidade, fiquem a saber que esta senhora foi a avó querida da actriz Marisa Berenson.

Oxalá, tenham a hipótese de ir a tantas grandes festas como eu já fui. A vida é mesmo para viver!