sexta-feira, 3 de novembro de 2017





BOTÕES ATÉ AOS PÉS

Quando eu era criança apaixonei-me pelos botões que existiam na caixa de costura da minha avó. Entretanto, os rapazes, tal como eu, estavam longe de brincar às conversas de telemóvel. Jogavam ao peão e também aos botões, além de berlindes.
Será que as novas gerações sabem do que estou a falar?
Não sei!
Mas, explico que o jogo dos botões envolviam vários rapazes e cada um tentava nos passeios da rua, dando caracolados com os dedos, ultrapassarem-se uns aos outros. Havia uma meta. O que primeiro chegasse com um botão dos seus era o vencedor.
Para mim, este jogo não tinha piada nenhuma a não ser descobrir algum exemplar bonito no meio daqueles de quatro furos sem qualquer interesse.
E, fazia trocas dando alguns feios por um que eu achasse bonito.
Obviamente que não foi assim que fiz a minha colecção de botões. Passei por várias fases até chegar ao momento do “assalto” às caixas de costura das minhas tias-avós, senhoras que guardavam tudo e que possuíam lindos exemplares de botões.
Cresci, fiz-me mulher e com as curtas mesadas que recebia tentava nos ferros-velhos descobrir algum botão que fosse especial. Entretanto, comecei a estudar a moda do vestuário feminino e masculino. Não havia livros dessa matéria. Depois, estudei em Lisboa e casei, levando no meu enxoval uma quantidade razoável de botões que considero lindíssimos.
Com o meu interesse mais aprofundado sobre as Artes Decorativas e a Pintura, fui descobrindo que afinal os botões que as minhas tias-avós me tinham cedido das suas caixas de costura eram do séc. XVIII. Maravilha!
Fiz contactos com coleccionadores e nos tempos livres (escassos) que tive enquanto estudei nas Academias de Belas Artes de Roma e de Florença, procurei botões brasonados para juntar aos que já possuía e outros de reconhecido trabalho artístico.
Assim, quando vi nesta temporada a colecção da dupla Dolce &Gabanna, conclui que afinal, passados tantos anos, a minha paixão estava certa. Revejam-se nos botões da minha colecção que aqui vos deixo. De referir que escolhi apenas uma amostra de botões de porcelana, sendo que três são de origem europeia (Sèvres, Limoges, Áustria) e um é proveniente do Japão (satsuma).
Oxalá, tenham uma paixão que as divirta como esta que vos revelo.

Mas fiquem cientes que a minha colecção de botões é apenas uma, das muitas. Sou uma coleccionadora compulsiva.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

VESTIDOS PRETOS E RENDAS BRANCAS


Blugirl


 Blugirl

Blugirl

Blugirl

Blugirl

Dolce&Gabanna


VESTIDOS PRETOS E RENDAS BRANCAS

Ventos que sopram de Itália

A nossa Ivone Silva será sempre uma das actrizes de revista que os portugueses nunca esquecem e a sua rábula do Vestido Preto, faz parte do seu rol de grandes êxitos.
Mas, a moda que aqui vos apresentamos é de origem italiana, muito colegial, são vestidos pretos, com as bainhas acima dos joelhos e as rendas, os bordados e os folhos a sublinharem a feminilidade desejada.
Nesta moda reforça-se o aspecto ingénuo que algumas raparigas procuram, como numa oposição declarada à moda das mulheres fatais que também são uma grande proposta da moda para o Outono/Inverno 2017-2018.
Aplaudimos estes vestidos pretos, especialmente para as jovens que não dispondo de muito dinheiro, os podem usar para várias ocasiões, sempre com o refrão na cabeça: “com o meu vestido preto, nunca me comprometo”. Ou seja, estou sempre bem para qualquer ocasião.

Catarina Bacelar

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

BOTINS

Alberta Ferretti

Alberta Ferretti

Blugirl

Gucci

Gucci

Gucci

Salvatore Ferragamo

Salvatore Ferragamo

Versace



BOTINS – Uma invasão?


Os botins são um modelo de calçado muito em voga no mundo masculino dos finais do séc. XIX e que se estendeu à moda feminina sem um o êxito suficiente para lhe podermos chamar uma grande moda.
Ultimamente, os botins têm dado o ar da sua graça, mas na temporada Outono/Inverno 2017/18 pode falar-se mesmo em grande voga. E porquê?
Em Portugal os industriais do calçado vão à MICAM (feira em Milão) e fazem tão boa figura como os melhores. Calcula-se que no último meio século a indústria do calçado, em Portugal, tem crescido a uma alta velocidade, a tal ponto que neste momento podem ver-se nos pés de milhões de pessoas em todo o mundo.
Por aquilo que se desenha nas passerelles e a tendência romântica inspirada na Imperatriz Eugénia (França) e na Rainha Victória (Inglaterra) não vão faltar pezinhos elegantes, calçados com botins. Até a Zara do Sr. Amancio de Espanha já tem à venda botins em tecido bordado a 39.95 euros.
Os botins que apresentamos, de marcas conceituadas, vendem-se nas melhores lojas a preços pouco convidativos. Mas… moda é moda! E existe a nossa revista Moda & Moda para relembrar o melhor do melhor. Aqui, neste blogue seguimos as tendências, salientando para já que o veludo está tão em moda que nem o calçado lhe escapa.



sábado, 9 de setembro de 2017

FLORES NO VESTUÁRIO

Blumarine

Blumarine

Blumarine

Dolce&Gabanna

Fendi

Giambattista Valli


FLORES NO VESTUÁRIO


Felizmente que existem os estilistas e os costureiros para florirem o vestuário das mulheres de várias faixas etárias.
Estamos cansadas das políticas, das trapalhadas, dos fenómenos naturais que nos apavoram. Queremos flores. Flores alegres que transmitam cor e vida aos nossos quotidianos. Flores de pôr ao peito, à cintura, que cubram o nosso vestuário. Podem ser modestas ou raras, tanto faz! Queremos flores a transmitir a alegria que nos falta…

AS BOTAS EM MODA

Azzaro

Balmain

Balmain

Balmain

Hermes

Hermes

Louis Vuitton

Louis Vuitton


AS BOTAS EM MODA


As botas que o Outono/Inverno 2017/18 vai fazer desfilar nas grandes e pequenas cidades, nas vilas e aldeias da velha Europa e do mundo civilizado não são propriamente as da história do gato que saíu nas partilhas do terceiro filho do moleiro que amaldiçoou a sua sorte porque o pai no seu testamento contemplou o filho mais velho com o moinho, o do meio com o burro e a ele com um gato. Não são as da história que maravilham as crianças porque apesar de termos a certeza que todas as raparigas casadoiras gostavam de encontrar um príncipe, estas que apresentamos têm o condão de proteger as pernas do frio e de conceder elegância às “princesas” cujos pais nunca foram notícia em nenhum meio de comunicação, nem por isto, nem por aquilo… É uma moda global. Não têm corda para fazerem caminhar a alta velocidade.
Com estas botas, quem as calça vai melhor do que “a Leonor que caminhava pela verdura muito airosa e não segura”. Vai melhor porque as botas têm a assinatura de nomes de prestígio que são o suporte da qualidade.


domingo, 27 de agosto de 2017

Xailes

Maison Margiela

Ralph Lauren

Ralph Lauren

Roberto Cavalli

Roberto Cavalli

Roberto Cavalli

Roberto Cavalli


Xailes – Adorno e conforto


Na sequência do período sazonal que vivemos, não constitui novidade que o Sol está mais baixo e que o arrefecimento nocturno se vem acentuando.
Por esses factores, a natureza determina escolhermos alguns xailes para um apontamento de moda muito indicado para as noites que se vão aproximando.
À noite, as brisas são mais frescas e o xaile é sempre aconchegante.
 Sabemos que quase todas as mulheres, das diversas faixas etárias dispõem de écharpes em lã ou caxemira, mas apesar da panóplia de cores ser variada, já  não constituem novidade sobretudo quando se vive o espirito das férias.
Os modelos que escolhemos com as franjas sempre em movimento dão uma nota de garridice, dando mais vivacidade á silhueta feminina.

sábado, 19 de agosto de 2017

 ANÉIS

Elie Saab

Georges Hobeika

Georges Hobeika

Georges Hobeika

Georges Hobeika

Georges Hobeika

Georges Hobeika

Georges Hobeika


Anéis - Os modos e as modas


Curiosamente os anéis têm uma antiguidade que muitos desconhecem, já que os homens primitivos os usaram nos dedos das mãos e dos pés, nas orelhas, e onde quer que a imaginação chegasse…
Vamos deixar para trás os anéis da Antiguidade Clássica, principalmente gregos e romanos, pois temos que nos reportar à actualidade.
O homem primitivo desconhecia a designação anatómica dos dedos das mãos - afinal as portadoras dos anéis, pois desconhecia o polegar, o indicador, o médio, o anelar e o mínimo.
O dedo anelar é aquele onde se tem usado o anel de compromisso porque diz-se que pelo dedo anelar esquerdo passa uma veia que vai directa ao coração.
Entre os anéis e o amor houve sempre uma união indesmentível. Basta recordar que na hora solene do casamento, a troca de alianças abençoadas pelo padre tem um alto significado.
Por vezes esse significado perde-se nos caminhos do destino de cada um. Mas, não é de tristezas que vos vamos dar a novidade da moda dos anéis dos dedos todos das duas mãos.
O que importa nesta moda é a harmonia do “design”, dos metais, das predarias, enfim de tudo o que transmita alegria.
Hoje, usar um anel num só dedo só pode dar sinais, a quem nos olha atentamente, que não andamos “a la page” ou que estamos muito acima de tudo isso.
Caras leitoras, aquele anel sem princípio nem fim, que era afinal a aliança, cheia de motivações, está ultrapassado. Até quando? Não sabemos! As modas são como os alcatruzes das noras (quase desaparecidas) que enquanto uns baixam outros sobem…
Apreciem os modelos que escolhemos para vos apresentar, mas lembrem-se que os tempos são de fazer contas à vida. Em qualquer caso viva a moda que rompe com a monotonia. 

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Chapéus de virar a cabeça?


Blumarine

Christian Siriano

Jean Paul Gaultier

Blugirl

Maison Margiel


Chapéus de virar a cabeça?


Em pleno período estival, os chapéus para cobrir a cabeça na praia ou a caminho das piscinas, têm no Verão de 2017 o máximo de sofisticação.
Em vários materiais, fazem mais furor do que os biquínis e os triquinis ou os fatos de banho transparentes.

Desde a fantasia de recortes sobrepostos aos modelos tradicionais, revisitados com inovações que nos atiram pelas chaminés, há modelos para todos os gostos.

Apesar de tudo, nesta nova onda que galga os mares da Moda, os chapéus propostos para o Verão que, avidamente, estamos a viver, são manifestamente criativos mas, de virar a cabeça, não!

São apenas peças indispensáveis com permanente ousadia.